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De Mãos Dadas para vencer o câncer de mama

Mãos Dadas, o grupo que dá apoio à superação do Câncer de Mama comemorou em julho, onze anos de atuação.

E para provar que estas guerreiras levam a sério o: "temos de manter o auto astral", festejaram muito, o aniversário do grupo, assistam os vídeos da festa que contou com apresentação da Buzina do Chacrinha e toda sua turma.

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Conheça a história do grupo:

O câncer de mama: um dos maiores pesadelos de uma mulher é ser diagnosticada. E, para quem dá a notícia, também não nada é fácil. A solidão de enfrentar esta batalha, muitas vezes sozinha, sem a ajuda ou a compreensão do companheiro, sem uma amiga para lhe dar apoio, tendo, às vezes, que encarar as aflições dos seus familiares, sem conseguir acalmar as suas. Dizer que está tudo bem, quando em seu íntimo uma voz desesperada incendeia todo o seu ser, o medo do tratamento, a vontade de desistir de tudo, de fugir... Mas tudo isso pode ser atenuado. 

Foi pensando assim que o dr. Damasio Macedo Trindade – mastologista do Centro de Imagem do Pronto Atendimento de Novo Hamburgo/RS –, há nove anos solicitou à assistente social Flávia Trevisan,  coordenadora do Centro, uma psicóloga  para trabalhar junto a ele. A ideia era que acolhesse e desse apoio a estas mulheres, que foram chegando e chegaram cada vez mais.

Flávia Trevisan, é assistente social e coordena o grupo desde seu início .Voluntária, vem todas as segundas-feiras de Osório, pois garante que o carinho que envolve a todas é algo muito gratificante.   Marlise Bernd, no início, era psicóloga contratada pela prefeitura e acabou se apaixonando pela proposta, tanto que hoje voltou a atuar como voluntária no grupo.

 A partir deste momento, a psicóloga Marlise Bernd  começou a fazer parte da vida destas mulheres – as onze que iniciaram no grupo, estão até hoje e acabaram fundando, juntamente com o dr. Damazio e Flávia, o Grupo de Apoio à Superação do Câncer de Mamas Mãos Dadas, que hoje funciona em uma sala cedida pela prefeitura no Espaço Cultural Albano Hartz. 

Mãos Dadas é formado por muitos profissionais se prontificaram a ajudar o grupo, que hoje conta com voluntários das mais variadas formações e áreas de atuação, entre elas, coral, artesanato, etc.

Mas não é só do tratamento físico que se fala no grupo, mas do tratamento da alma, porque segundo Marlise: “atrás destes nós tem outros nós e o tratamento depende da cura deles”.

Hoje, com 148 integrantes, o grupo se deu conta de que cresceu muito, como cresceram os casos de câncer. Por isso, resolveram focar mais no propósito do grupo que é o acolhimento.

Para isso, vão treinar as mulheres que estão há mais tempo e que venceram o câncer, para serem multiplicadoras.

Elas terão a incumbência de buscar em hospitais, nos bairros, nas UBS estas pacientes, divulgando o trabalho do Mãos Dadas e trazendo-as para as reuniões, ou ainda, criando outros pequenos grupos de acolhimento nestes espaços.

Luciana Paula da Silva, Regina Beatriz da Silva, Marlene Geni Breyer, Edi Konrad, as pioneiras.
Para elas, apesar da doença, o grupo foi fundamental: “Todas passamos por isso, vivenciamos os mesmos problemas.
Podemos, não só mostrar, mas provar às que estão chegando que é preciso acreditar, que é possível vencer.” 
 
Médicos oncologistas e mastologistas são unânimes a afirmar que as mulheres em grupos de apoio, respondem melhor aos tratamentos.
 
Muitas só descobriram como viver  melhor a vida depois da doença.
 
Falar a mesma língua, entender o que a colega está sentindo é muito importante, pois, poder chorar, abraçar, trocar experiência é algo muito reconfortador e fortalecedor.
 
A prevenção ainda é a forma mais econômica de contenção desta doença.
 
O amor que une estas mulheres é mais forte que a dor, para elas faltarem às reuniões é algo impensado.