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Uma boa forma de se manter jovem: estudar e aprender sempre!

Só é velho quem para de aprender. Se isso é um fato, o formando Roberto Kuwer Fernandes não vai envelhecer tão cedo. Aos 62 anos,

casado, cinco filhos e dois netos, vai colar grau em Direito em agosto deste ano e já esta correndo atrás de sua pós-graduação com os olhos em um futuro mestrado. 

Mas por que esta garra toda? 

Porque Roberto sempre acreditou que a coisa mais importante na vida de uma pessoa é aprender, aprender sempre. E estudar é o jeito mais eficiente de fazê-lo. 

Mas isso não é conversa de sessentão aposentado, que estuda para preencher seu tempo. Roberto nunca parou de trabalhar, não tanto quanto quando era empresário, no ramo de calçados. Aliás, profissão que o impediu, por 33 anos, de seguir sua paixão, o Direito. 

Em 1992 ingressou na Faculdade de Direito da Unisinos, mas acabou trancando o curso, a fim de ajudar seus filhos a terminar o segundo grau, pois sua intenção era lhes incutir esta mesma vontade: concluir um curso superior.

Um infarto, em 2005, foi decisivo para que ele percebesse o que era verdadeiramente importante em sua vida: sua família e seu sonho.

Abandonou o calçado, que lhe consumia tempo e saúde e resolveu seguir o ramo imobiliário, formando-se em Técnico em Transações Imobiliárias – corretor de imóveis – e hoje presta assessoria e consultoria a imobiliárias. 

Retomou seus estudos em 2010/2, na Feevale, com a intenção de levar todos os filhos com ele. E hoje a família conta com acadêmicos em Medicina, Direito, Administração e Psicologia. Dos cinco filhos, apenas um não ainda não se decidiu por qual caminho seguir. Isto, para Roberto, é sem dúvida, uma vitória.

“O ser humano que se preza, tem que estudar, não importa a idade ou o que vai estudar, mas precisa sempre estar informado, participativo. Em 2010, quando entrei na faculdade e precisei encarar o computador, eu disse para a minha esposa que não iria conseguir vencer. Hoje eu uso o computador com a mesma facilidade que meu filho. Isso porque busco me atualizar, caso contrário, teria uma dificuldade enorme.”

Roberto

“Meu pai sempre dizia que, quando conheceu a minha mãe, ¬eu não gostava muito dele. Mas ele não desistiu e foi me cativando. Hoje sou muito grato por ele ser meu pai. Estudar com ele é uma felicidade enorme. Na verdade, felicidade é muito pouco para expressar tamanha alegria que eu sinto em me formar com ele. Na faculdade, é muito engraçado, a gente se mata de rir, pois num primeiro momento a gente chegou lá e o pessoal não sabia que a gente era pai e filho. Mas quando souberam, acharam muito legal. Perguntavam como era estudar com o pai e eu sabia que era um privilégio e isto acabou criando uma disputa positiva entre nós, pois ele pensa que precisa dar tudo de si para não ficar atrás de mim e eu penso que não posso eu, ficar para trás. E esta disputa dá para dizer que nos fortalece, muito mesmo. Eu só posso dizer que tudo que eu sou hoje, eu agradeço a ele.”

 

Pedro Ernesto Neubarth Jung, 23 anos